O tempo corre. Nao, foge. Dizem que e' o que fazemos dele - e' mesmo? O tempo fugiu-me entre os dedos ou entre os cabelos que e' como quem diz que fugiu por entre pequenas frestas do meu corpo, ainda que eu o tenha tentado contrariar. Mas foi assim mesmo, fugiu.
quarta-feira, fevereiro 11, 2009
sábado, dezembro 09, 2006
Pezinhos de lã (ou de chumbo?!)
Esta manhã levantei-me e pus um pé no chão. Mas foi um pé a sério, de quem já se sente meia cá. (Já não era sem tempo!).
Faz-me confusão olhar para estes meus dias como se de uma vitrine se tratasse - ainda não me (re)identifico com as rotinas, com os lugares, com os programas.
Com tudo e com todos.
Empenhei-me tanto em tranferir-me para lá que está a custar "chegar".
Mas hoje já pus um pé no chão, amanhã será a vez do outro.
Colorir Dezembro

Ontem passei uma tarde bem ao estilo da quadra: colaborei arduamente na montagem da árvore de Natal (longe vão os tempos em que eu exigia um pinheiro natural - a consciência chegou entretanto). Já não me entusiasmo com estas tarefas, de modo que fui adiando este dia até já não aguentar mais a pressão juvenil.
Quando se pensa nos feriados de Dezembro vêm sempre à memória o frio, os narizes e bochechas rosadas, as mantas de xadrez (ía escrever quadrados, mas de quadrados são feitas as toalhas de mesa e essas lembram os piqueniques e o Verão - nada a ver, portanto), uns filmes da treta e céus cinzentos.
Este mês é sempre mais doce. Porquê?
Como sempre, vou-me encher disso.
segunda-feira, julho 31, 2006
De gosto duvidoso
Dica para rir: Juntem-se a mim, que segui o conselho dos GATO FEDORENTO, e vão visitar o site da Ana Malhoa.
(http://www.anamalhoaoficialsite.com/)
Preparada para o Verão
Novo "eu", redescoberto este ano.
Ficam pedaços, outros deitei fora.
Novas companhias.
Restam as antigas que valiam a pena, a que se juntam outras, frescas.
Novas bandas sonoras.
Nada de nostalgias (chega!).
sexta-feira, julho 28, 2006
Nó na garganta
Hoje, em viagem, o cansaço de uma noite mal dormida levou-me para longe.
O que se faz quando parece que o ar é irrespirável de tanta saudade que se sente por um tempo que acabou?
quarta-feira, junho 21, 2006
Adios
Estou tão cheia destes risos cheios de momentos cheios de nadas cheios de importância.
Nas despedidas nunca digo tudo, nunca olho para o que quero reter, nunca prometo o que sinto. Acho que um adeus é isso mesmo, um não há mais nada para dizer, para ver, para prometer.
Mas esta despedida é um até já... e é uma delícia.
Estou CHEIA de ti.
quarta-feira, junho 07, 2006
Donde está?
Procura a maravilha.
Onde um beijo sabe
a barcos e bruma.
No brilho redondo
e jovem dos joelhos.
Na noite inclinada
de melancolia.
Procura.
Procura a maravilha.
quarta-feira, maio 17, 2006
(PESADO) "Futuro", Julio Cortázar
Y sé muy bien que no estarás.
No estarás en la calle,
en el murmullo que brota de noche de los postes de alumbrado,
ni en el gesto de elegir el menú,
ni en la sonrisa que alivia los completos en los subtes,
ni en los libros prestados ni en el hasta mañana.
No estarás en mis sueños,
en el destino original de mis palabras,
ni en una cifra telefónica estarás
o en el color de un par de guantes o una blusa.
Me enojaré, amor mío, sin que sea por ti,
y compraré bombones pero no para ti,
me pararé en la esquina a la que no vendrás,
y diré las palabras que se dicen
y comeré las cosas que se comen
y soñaré los sueños que se sueñan
y sé muy bien que no estarás,
ni aquí adentro, la cárcel donde aún te retengo,
ni allí fuera, este río de calles y de puentes.
No estarás para nada,
no serás ni recuerdo,
y cuando piense en ti pensaré un pensamiento
que oscuramente trata de acordarse de ti.
Eu acredito
Que os meus cabelos foram feitos para andar ao vento
Que os meus olhos vêem paragens distantes
Que a minha boca sabe sussurrar palavras doces
Que os meus dentes rangem entrelinhas
Que os meus ouvidos descortinam ritmos imperceptíveis
Que o meu pescoço dá voltas sobre si
Que as minhas mãos deslaçam qualquer nó.